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Fundo da Garrafa

Gritei que te amo junto ao rio.

Esvaziei a primeira garrafa.

A ver se encontrava quem dissesse o contrário,

Do fundo dela, nenhuma voz se ouviu.


Jurei deixar de ser quem eu sou,

Balbuciava sonhos enquanto bebia.

Quis ver quem me travaria,

Só o fundo da garrafa me parou.


Prometi que mudaria,

Enquanto abria outra garrafa.

A rolha não saía,

Deixei e tirei a outra da mala.


Disse que não me iludiria,

Mas a chegar à quarta,

Naquele que era um longo dia,

Cheguei à minha quinta por magia.


A garrafa, minha companhia.

Desde o gargalo ao fundo,

Pensei que por a vazar,

Me sentiria completo.

Mas para meu azar,

O que mudou foi o meu dialeto.


 
 
 

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